Saudades ardentes
Nas horas monótonas do silêncio
Na quietude translucida da noite
Sinto na alma inerte o açoite
Das lembranças suaves de um tempo
Quais nuvens guiadas ao vento
Como aves de saudades ardentes
Trazidas pelas brumas quentes
De um tempo onde tudo era lindo
Como um balão de cores caindo
Em um coração infante sorrindo
Um passado de façanhas
Onde brincávamos livres e soltos
Nos labirintos da inocência
Quando o tempo corria lento
Pra espiar os nossos sonhos
A gente se perdia e se encontrava
Amava, gritava e saltava
Agora lamentamos ao invés de rir
Pois o velho tesouro bateu asas e voou
Recordações que o vento levou