Saudades ardentes

Nas horas monótonas do silêncio

Na quietude translucida da noite

Sinto na alma inerte o açoite

Das lembranças suaves de um tempo

Quais nuvens guiadas ao vento

Como aves de saudades ardentes

Trazidas pelas brumas quentes

De um tempo onde tudo era lindo

Como um balão de cores caindo

Em um coração infante sorrindo

Um passado de façanhas

Onde brincávamos livres e soltos

Nos labirintos da inocência

Quando o tempo corria lento

Pra espiar os nossos sonhos

A gente se perdia e se encontrava

Amava, gritava e saltava

Agora lamentamos ao invés de rir

Pois o velho tesouro bateu asas e voou

Recordações que o vento levou

celso Freitas
Enviado por celso Freitas em 26/02/2018
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