Nostalgia
Me lembro daquela manhã ofuscada de neblina
Mergulhada no cheiro agreste da natureza
Tão cheia de algo místico inexplicável
De ar fresco engolfado de humidade
Caminhos de terra, árvores e burbulho de águas
Envoltos numa quietude que não era silêncio
Misturado de nostalgia, de saudades
De sol sem brilho, de lugar quase sem gente
Era uma sinfonía de sensacões entrelaçadas
Comtemplando o azul cobalto cintilante
Das asas da libélula no limbo esverdeado
Da pedra polida nas aguas espumantes
A estrada solitária rodeada de topografias
De encontros abruptos e de rochedos e barrancos
Mostrando desencontros geométricos graciosos
Entre os vales cortados de águas corrediças
Do silencio quebrado no estatalar do bambuzeiro
Pássaros, insetos e animais soltando a voz
Da brisa suave trazendo lembranças
De um passado que o tempo levou