Nostalgia

Me lembro daquela manhã ofuscada de neblina

Mergulhada no cheiro agreste da natureza

Tão cheia de algo místico inexplicável

De ar fresco engolfado de humidade

Caminhos de terra, árvores e burbulho de águas

Envoltos numa quietude que não era silêncio

Misturado de nostalgia, de saudades

De sol sem brilho, de lugar quase sem gente

Era uma sinfonía de sensacões entrelaçadas

Comtemplando o azul cobalto cintilante

Das asas da libélula no limbo esverdeado

Da pedra polida nas aguas espumantes

A estrada solitária rodeada de topografias

De encontros abruptos e de rochedos e barrancos

Mostrando desencontros geométricos graciosos

Entre os vales cortados de águas corrediças

Do silencio quebrado no estatalar do bambuzeiro

Pássaros, insetos e animais soltando a voz

Da brisa suave trazendo lembranças

De um passado que o tempo levou

celso Freitas
Enviado por celso Freitas em 26/02/2018
Código do texto: T6264434
Classificação de conteúdo: seguro