Pensar em você
Inexplicável ou não
Realidade ou devaneio
O importante é que se diga
Que matar o tempo assim
Pensando em você
Não é desperdiçar
Chamar você à lembrança
Continuamente, seguidamente
É digerir, é metabolizar
Sua graça, sua beleza
Tão inesperada e sutil
Não me importo
Se esses lânguidos momentos
Me roubam, me arrebatam
E juro por esse fatídico dilema
Que ver o tempo sumindo
Como grãos de areia varridos
Pelos caracóis das ondas
É sentir a fatalidade inocente
Daquele teu olhar místico
Verde, pungente e lindo
Tão primeiro, tão real