SAUDADES

Quanta dor meu Deus!

a vida me batendo e eu chorando.

Lembrando de quando eu e meus

irmão nada tinha pra comer e lamentando.

Como eu o mais velho queria crescer

para poder trabalhar e ajudar meus irmão.

A noite, com a barriga vazia eu chorava

debaixo do cobertor velho que me aquecia,

Do frio de minha cidade(Teresópolis)

Podia ouvir os soluços de minha querida mãe,

com o mais caçula no seu peito.

Olhando pra todos nós deitados ali no chão,

todos juntos para aquecer melhor um ao outro.

Que vida meu Deus! tanta fome passamos

juntos em qualquer cantinho, porque

nem lugar para morar tínhamos.

Sim, quantas vezes dormimos numa praça,

(Nilo Peçanha) no alto de Teresópolis.

De manhã bem cedinho ficava na porta

de uma padaria para pedir pão dormido

Para que pudessem comer e aguentar até

quando poderia ter algo mais para comer.

Quanta dor meu Deus!

mais uma dor de saudade daquela que se foi.

Deixando crescidos seus filhos e netos e bisnetos,

eu peço a Deus que te guarde em um bom lugar.

E que sempre mãe querida posso lembrar de você,

com saudade e vontade de te dar o último abraço.

_____Nillo Sérgio.

@PoetaDoBalcao

poetadobalcao
Enviado por poetadobalcao em 14/04/2018
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