Avante
Curtos dias
Longas noites
De uma vida boemia e fria
Cicatrizes de dores sem cura
Feridas expostas ao mar de malícias corruptas
Curtas manhãs
Longas tardes
De uma vida efêmera e indiferente
Marcas de agonia sem fim
Chaga exposta ao deserto de recordações contínuas
E, fujo das lembranças patológicas
Ou corro mais rápido ruma à realidade
Tento escapar das garras do amor errante
Desregrado e itinerante
Sem delonga
Busco o óbvio, ou explícito
Não troco o certo pelo duvidoso
Não busco momentos
Não quero embargo na minha vida
Pois, acima de tudo
Olho para frente
E nunca para trás