Avante

Curtos dias

Longas noites

De uma vida boemia e fria

Cicatrizes de dores sem cura

Feridas expostas ao mar de malícias corruptas

Curtas manhãs

Longas tardes

De uma vida efêmera e indiferente

Marcas de agonia sem fim

Chaga exposta ao deserto de recordações contínuas

E, fujo das lembranças patológicas

Ou corro mais rápido ruma à realidade

Tento escapar das garras do amor errante

Desregrado e itinerante

Sem delonga

Busco o óbvio, ou explícito

Não troco o certo pelo duvidoso

Não busco momentos

Não quero embargo na minha vida

Pois, acima de tudo

Olho para frente

E nunca para trás

Meire Cavalcante
Enviado por Meire Cavalcante em 28/05/2018
Código do texto: T6349106
Classificação de conteúdo: seguro