Papai
Não
Você não serve pra nada
Como a luz dos brinquedos de criança
Perdidos em algum lugar do tempo
Porque chora? Porque chora?
Papai me disse que seria feliz
Mas hoje não fez nenhum sol
Esqueci alguns sonhos no passado
Como gotas de orvalho
Caindo feito lágrimas em um quarto escuro
Pequenas nuvens em um dia claro
Majestosamente desenhadas
Recordo-as como ontem não o pude
No âmago de minha consciência
Papai, meu querido
Que um abraço amargo
Em um poente de decepções
Não te fizesse esmorecer-se
Que lembranças não me consumassem
De alegria, euforia repentina e sensível
Nuances de fragilidade
Depositei-as cuidadosamente nas estrelas
Caiu como em sonho quando tinha seis anos