EM LENTO COMPASSO
Abraço o tempo
preenchendo vazios espaços.
Deito-me a sonhar
em lento compasso.
Alcanço o momento
que sorria distante,
além de nós, do fim...
Enlaço o instante
que preciso redesenhar.
Domino as horas,
acalento a alma
que só, chora...
Revitalizo o corpo
que vagueia em sombras,
quase morto!
Após tanta alquimia
em desvairados devaneios,
em plena claridade do dia
a solidão traga-me por inteiro.
Outra vez gemidos-lamentos,
dor em soluçõs abafados.
Abandonou-me o tempo
em sonhos alagados.
Enfim,
não consegui entrelaçar,
o que não foi permitido
em mim ficar!...
17/07/2007