O PERDÃO
Conteve a alegria, mas não as lágrimas cálidas,
cascatas borradas de maquiagem e solidão.
Gritou:
Olá! Fantasia!
Era quase meio dia quando rompeu o cordão.
Despiu a pálida crisálida e, alada, voou sem rumo
Descoberta a Liberdade...
Nenhuma outra engrenagem
Estorvaria seu mundo.
Nenhuma outra Verdade lhe impediria a vontade 
De expandir o seu grito.
Nenhuma outra Saudade 
Esmagaria a Coragem no caminho do Infinito
Depois...
Coube na sua mão tudo que precisava
Tudo que lhe faltara
Toda Sorte, sem segredo...
Embora inacreditável, cada gota que escapava
Por mais que necessitasse, já não lhe causava medo
Pois, sua sina cumprida pelo deserto da vida,
Agora virado oásis...
De verdade, sem miragem, se tornara um brinquedo
Por que a luz que se apagara, ao sopro da demência,
Docemente a iluminava...
Numa outra Existência.

 
dacosta
Enviado por dacosta em 07/07/2018
Reeditado em 07/07/2018
Código do texto: T6384225
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