Cadeira De Balanço.

Na cadeira de balanço

Eu vi papae balançando,

Senti que estava pensando

Em sua vida passada,

Nos olhos pouca visão

No rosto a velhice castigando.

Suas mãos cheias de calo

Com a labuta da vida,

Que tanto lhe castigou;

Nunca reclamou de nada

E abraçou o destino

Do jeito que Deus mandou.

Criou seus filhos coitado

Com o pouco que ganhava

Na luta do dia a dia;

E os anos marcou seu rosto

Com as rugas da velhice

Com desencanto e agonia.

E como a morte é insana

Levou-lhe também a vida

Deixando filhos de herança;

Pros filhos nada restou

A não ser tristeza e dor

Sem um fio de esperança.

Guel Brasil
Enviado por Guel Brasil em 13/07/2018
Código do texto: T6388920
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.