Refúgio

Jamais quis macular este teu santuário

Onde te aninhas borbotando poesias

De lua, flor, estrelas, perfumes herbáceos

Minhas mais doces e singelas fantasias

Refugio-me em teus campos orvalhados

Minh'alma cura-se em teu chá de hortelã

De pouco em pouco afetuei-me a teus versos

De casual leitor, sou hoje humilde fã

Na ansiedade de criança no Ano Novo

Ou curiosa com presentes de Natal

Sento-me quieto, calado como em castigo

Espero o teu facho de luz em meu umbral.