Procura

Hoje o azul do céu tornou-se turvo, numa chuva torrencial.

Parecem lágrimas, que como eu, chora de pena,

Por ver o fim de um lindo sonho de amor.

Busco os teus olhos nas estrelas do firmamento.

Mas como? Se não as consigo ver.

Só vejo um véu triste e lacrimejante!

Numa procura incessante, num caminho infinito.

Tento encontrar os teus passos.

Mas como? Se as lágriamas que o céu derrama

apagaram as tuas pegadas!

No vento que sopra, encontro o teu perfume.

Com alegria, tomo-o em minhas mãos.

Mas aos poucos me fogem por entre os dedos!

Tão desolada, continuo a minha busca.

Tudo inútil!

O destino, a vida nos separou. Te levou para longe.

Tão distante. Quase que impossível te encontrar!

Aurinete Alencar
Enviado por Aurinete Alencar em 27/10/2005
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