Cobertor de nostalgia
Ela corre ao seu quarto
pra chorar sem ninguém ver,
se abriga num canto
esperando escurecer, e apenas chora.
Conversa com o vazio,
tem medo de gostar da solidão
porque ninguém lhe dá ouvidos?
Deixando-a tão sozinha...chorando
esperando outro dia, que guardará lágrimas e sonhos
pros outros a verem feliz.
Deita na cama,
bate um frio que não a aquece
e o cobertor cheio de nostalgia
vontade tão grande que le queria estar inerte.
O velho cobertor,
só faz sentido aquecer nos dias de calor
Fica melhor relembrar o mesmo instante,
do que existir,
ela tenta se enclausurar no seu mundo- O cobertor!-
que absorve suas manias e aceita nessa vida
em que chorar é viver.
Ela sofre, embrulhada na nostalgia,
saudade das folhas de outono,
do frio quente ou das noites mágicas
saudade do amor, amor inocente
hoje perdido na estrada.
Se ele toca o cobertor,
não tem aonde ir; a tristeza sabe ser talentosa
Lhe faz dizer lágrima...Quando não há quem ouvir.
As lágrimas nem mesmo fazem sentido
O que faz sentido numa ilusão?
O que ela mais busca é um abrigo,
no cobertor...
que guarda segredos,
coisas que parecem não parecer,
no quarto; Tudo faz medo!
saudade do amor que ela sonhou em ter
sobre o cobertor...choros...choros
nessa nostalgia.
E quando chega o dia
não há o que temer, o sol acende
acende na menina que chora no cobertor de nostalgia.