MAE

Mãe

(Loveness)

A sirene do mundo

não apagou o choro

do homem que soprou seu amor

em pequenos e desordenados pedidos

roubando em seu seio mudo

saciando a sede, a dor

e os desejos encolhidos

Estreie despido em seus olhos

enquanto os choros

eram mornos

de um amor ínfimo

do nascituro que conhece seu íntimo

melhor que outros olhos

Mãe!

Mãe

Na antedata

minha disfarçada apologia expressa

nela se empresta

a vaga voz ensonada

cheia de intuição

e emoção

Apenas peço que no fuso horário

do meu amor compense

as suas lágrimas

cirandadas em lástimas

que repense

no amor deleitado em nova vida

e não na partida

in Entre versos

Niendel Rovuma
Enviado por Niendel Rovuma em 18/09/2018
Código do texto: T6452648
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