LÁGRIMAS DE MANHÃ

Primeiro foram os olhos,

trêmulos e bêbados,

sorvendo ávidas lágrimas,

cheios de remorso

por inundar o peito

que de nadar sozinho o leito,

sucumbia à maré,

sem margem,

na infinidade das águas

de suas mágoas,

até que a mente

asfixiada daquela aflição

fulminou a alma em fogo

e eu não tive remédio

senão afogá-la de chorar.

Diego Duarte
Enviado por Diego Duarte em 10/10/2018
Reeditado em 10/10/2018
Código do texto: T6472936
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