TEMPO DE CRIANÇA

Que saudades!

Do tempo de criança

Não se tinha muito

Mas tudo se sentia

Felicidade! Segurança! Carinho e amor!

Valores, que na verdade

Superava a falta da boneca, da bola ...

Da chinelada, depois de uma arte bem bolada

Não sabia nada

Vivia num mundo pequeno, bonito

Tudo era flores sem espinhos

Todos eram bons

Que saudades!

Do tempo de criança

Mundo que não mais existe

Perdeu-se!

Perdeu-se!

Entre os atropelos e anseios da vida

Entre o vai e vem da tristeza

Misturado com os disfarces

Numa alegria artificial, momentânea

Num mundo selvagem e desigual