As brisas que me trazem janeiro
As vezes sinto saudade
De um passado latente
E olho para o horizonte
Bate no peito
Fico com o coração
Apertado...
As brisas
Que me trazem janeiro
Fazem chover
Meus olhos
A cada pingo
Caí uma lembrança
Fragmento de sonhos
Uma vontade
Um desejo
Que me invade
E queima por dentro...
Em um suspiro
Por segundos
Perco o juízo
O devaneio vira
Meu amigo
As palavras se calam
Diante de um album
De retrato
E destes cômodos vazios
Por onde as memórias ecoam
O vento brinca
Com meus pensamento
Feito roupa no varal
Procuro a cura
Para essas dores
Mais saudades
Não tem cura
Passado não volta...
Lembranças antigas
Não movem moinho
Sobre a mesa
Tem duas xícaras
Exalando um aroma
De café
Que bebo sozinho.
Enquanto observo
As folhas dançarem
Ballet no quintal
Entre as flores
Trazendo a o dia
Um certo sentido
Um colorido!