SONHO ANTIGO

venho contar de um tempo longínquo

morto? enterrado?

talvez para sempre lembrado

uma boca capaz de deixar tanta lembrança

que conseguiu a eternidade atravessar

uma boca suave, terna

onde adormeceram palavras doces

e beijos

e umas mãos leves, lisas

umas mãos que conheciam a arte de acariciar

e um olhar!

Deus, que olhar!

trazia todas as estrelas do céu e a profundidade do mar...

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 29/01/2019
Código do texto: T6562357
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