Eita!.. saudade atoa"

Começou a chover,

Sinto seu cheiro no ar.

Bateu na porta da frente,

A saudade...

Brotaram gotas nos olhos,

Mas, não deu vontade

De chorar...

Só uma vontade danada,

De sentir seu sabor,

De tocar sua carne,

De ouvir você dizer :

Meu amor!...

Falar tudo aquilo,

Que, entre nós

Nunca foi dito...

Da janela,

Observo a garoa,

Que trás, tantas

Lembranças boas...

No peito, incomoda

Um comichão

Atoa, que fica frenético,

Com a garoa...

É!... Saudade, é saudade!...

Não posso negar,

Surge do nada

E, não tem como

Não se abalar...

Procuro no rádio

E, na televisão,

Uma distração,

Mas, quando é saudade,

Não tem jeito, não...

Me pego de pé,

Falando sozinho,

Pensando cá,

Com meus botões

E, apaziguando,

O amargo da garganta,

Com um cafezinho...

É!.. Saudade, é saudade!...

Não tem solução,

Mesmo que não,

Queira ela e, trás reflexão

Dia de chuva,

“Eita”, bate no peito

Uma vontade,

De voltar no tempo.

Lá fora, garoa..

E, eu aqui sozinho,

Atoa...

Mais numa boa

Eita!.. saudade atoa!