TÉDIO
Como estrela que cintila,
ao longe brilha o que emanou
toda essa fonte de tristeza
que no meu peito se alojou...
À sombra de um passado livre,
me preocupo ao pensar
nas coisas que me cercam agora,
pois sei, não posso evitar...
O passado foi o meu tempo,
ah, quem me dera voltar
ao passado, que foi meu tempo,
ah, quem me dera voltar...
Naquele tempo não havia
a desavença que hoje há,
e se quisesse alguém podia
de peito aberto caminhar...
Ah, quanta coisa eu vejo errada
e não encontro solução,
a natureza desprezada
e transformada em poluição...
O passado foi o meu tempo,
ah, quem me dera voltar
ao passado, que foi meu tempo,
ah, quem me dera voltar...!