" Velha morada"
lá estive na velha morada,
gota de águas insistiu em cair.
noite de lua cheia,céu estrelado.
levanto a cabeça,continuo e tento sorrir...
na primavera um ipê me saudava,
o sol fazia as flores murchar e cair;
fazia a paisagem mudar,as flores dava
lugar as folhas verdes e radiaantes...
já não tinha alegria de quando lá eu morava;
a poeira da terra, o sol ardente,ar parado,
felicidade já não me acompanhava,
aprendi que não se vive por viver sufocado...
não viver infeliz,mas cada momento,
com amor,com satisfação no coração;
saudades tenho eu daquele tempo e lugar.
se pudesse dar um passo e pra lá voltar.
era isso que faria com maior sentimento.
é lá na velha morada meu desejo de amar...
o vento tras lembranças de longe,
daqui leva saudades não sei pra onde.
de manhã coração vazio,
à noite solidão feito um rio sozinho...
um rio que vai sempre em direção ao mar;
a angústia vem me visitar,coração triste.
e sem destino não sei onde vou parar.
as lágrimas vem rolar pelo meu rosto insiste...
Eliz R. Carvalho