Saudades de mim...
Não me reconheço mais, quem sou ?
Antes tão sensível, hoje anestesiada
Por tudo e todos já fui deslumbrada
Forçoso é reconhecer, isso passou
Vejo fotos da infância, da juventude
Buscando novamente o brilho no olhar
Aquele encantamento constante no ar
Que sempre justificou toda atitude
A idade traz sabedoria, experiência...
Endurece os sentidos, mas por defesa
Sufoca a criança, inocente presa
Só por prosseguir a triste vivência...
Me quero de volta, curiosa e alegre !
Vendo todos gigantes, protetores...
No medo, me esconder nos cobertores
E ver que bicho-papão é travessa lebre...