Eu, ainda...
Vem saudade de leve,
Quase de nada.
Vem saudade escancarada
De dentro dos meus sonhos,
De uma tarde qualquer.
Vem saudade num toque,
Num gesto... cor da pele,
No soar da voz...
Mas a realidade espreita bem
Pertinho do meu ouvido,
Quase num grito estridente,
Longo e fino...
Tantos motivos pra não ter saudades,
Tantos pra te deixar ser como está.
Tantos porens e porquês...
E eu ainda nessa velha tentativa
De relembrar o que nao deveria nem ter começado.
24.04.19