ROSTO METROVIÁRIO
Era uma manhã fria, glacial.
Entro no metrô, assim me protejo.
olho, sem ver, rosto angelical
que me conhece o que desconheço
Era uma manhã irreconhecível.
Meu olhar perdido e de saudade,
Pois o seu, já observava invencível
que me pertenceu em alguma idade.
Cruzei, certamente, com sua imagem.
Lembro em algum caminho do tempo;
sem ter seu nome, só a intimidade,
onde me traz de volta os bons ventos.
Como consegui esquecer seu nome?
Rosto familiar e solidário;
é quase esquecer que se tem fome.
Agora tão meu e metrôviário.
Um rosto assim, perfeito, sem dor;
como todas as belas lembranças.
Rosto guardado dentro metrô,
perdido na alma e minhas andanças.