O Prestobarba....
Prestobarba usado na escrivaninha...
O bilhete lido e molhado...
Cara limpa...
Coração áspero...
Os móveis revelam...
Seu pensamento nunca foi seu...
O mobiliário é testemunho de uma adoração na solidão...
Cilada do bilhete... que resultou em ramalhete....
Mas um lembrete...
As taças de vinhos consumidas...
Refletem corações doentes...
Que procuram seus entes...
O carro caminha...
Abastecido...
Cara limpa...
Tanque cheio...
Alma repleta de tempestades...
O prestobarba foi algo íntimo...
Impio.... Limpido...
Nascido com o toque leve...
Da princesa silenciosa...
Com o olhar petrificado...
Que mesmo perto...
Nem chego perto...
Prestobarba limpou meu rosto...
Sua alma sujou meu ser...
Que no seu ter...
Faz me lembrar de todos os seus bilhetes...
Que o estilete desfigurou...
E reconfigurou em minha alma...
Que não se acalma...
Mas evoca seu toque no imaginário...
Que o velho mobiliário insiste...
Em lembrar...
Vai lá...
Busque o carro...
Leve-a para passear...
Mas logo quando voltar...
Não vai ter como evitar o chorar...
O bilhete é um vulto...
Que cultua um momento imemorável...
Afável a luz do tempo...
Lamentável quando enxuga o rosto...
E passa o prestobarba...
Lembrando de um tempo distante...
Ao qual...
O lavatório era o ateliê...
De uma estética juvenil...
Atordoando o amadurecimento...
Enraizando o fruto proibido...
De uma cantada que nunca foi acalentada...
No romantismo silenciado...
O prestobarba presta homenagens mórbidas...
No rosto envelhecido...
De uma alma esquecida...