À beira do rio...
Traz-me a serena brisa sob a maré vaza
Sorrisos que outrora dando graças contemplava...
Gestos harmoniosos, olhares cúmplices enamorados
Cores vivas, silêncios partilhados...
Por sobre o banco de madeira já envelhecida
Numa folha seca, solitária, sob a cuidada relva caída
Meus olhos encontram alma companheira
Que por estrada de terra batida
Corre apressada, cegada pela poeira...
Parece alegria o que a faz dançar,
Rodopiar por entre os passos apertados,
Desordenados de um pequeno rapaz,
Que pela mão da sua mãe puxa com alento...
Desafiando e brincando com o mesmo vento
Que calmamente as nuvens arrasta para o infinito,
Que as mais frias águas embala docemente,
E que esta pequena folha leva consigo...perpetuamente.