Poeta cativo


Ah, que saudade daqueles olhos pretos,
Daquele corpo de menina.
E pensar que a distância o levou.
Foram perdulários os momentos felizes.
Os eflúvios deste amor deixaram raízes,
Tão profundas que incrementou nesta alma
Oh alma impoluta de menina moça!
Venha com seu ditoso,
Recitar em meus ouvidos estes versos.
Oh flor olorosa!...
Preencha a lacuna em meu recesso;
Venha apagar a dolorosa
Saudade que sinto dos seus olhos pretos.
Ah!.. Se você escutar este grito em fúria
Sei que não me deixará na incúrio
Não fará espúrio este sonho;
E sim um furtivo anseio para um novo raiar.
Você foi menina moça;
Agora lhe ensino o caminho de ir e voltar.
Vá e sinta a angustia do amor primeiro,
Enquanto eu entregue ao postergo dos seus olhos pretos
Proclamo este versos,
Da existência o existir, eu existo em seu cativeiro.