LEMBRANÇAS

Não sei por que insisto em lembrar você,

Você faz parte de uma cálida lembrança;

Eu que fui perdido nas ilusões do querer,

E em desalento tropecei na desesperança.

Nas minhas lembranças, sempre presente,

Ainda lembro todos os momentos vividos;

Que os olhos não vêem, mas coração sente,

Permanecem então os momentos sofridos.

Já era para de há muito ter você esquecido,

Mas você ainda continua sempre presente,

E terá sido esse castigo que tenho merecido,

De não sair um só instante de minha mente?

Que essa penitência acabe logo sem demora,

Que seja o meu pensamento por fim libertado,

E você seja apenas vagos lampejos de outrora,

Eu viva, momentos intensos, e seja confortado.

Lúcio Astrê
Enviado por Lúcio Astrê em 22/10/2007
Código do texto: T704231
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