LEMBRANÇAS
Não sei por que insisto em lembrar você,
Você faz parte de uma cálida lembrança;
Eu que fui perdido nas ilusões do querer,
E em desalento tropecei na desesperança.
Nas minhas lembranças, sempre presente,
Ainda lembro todos os momentos vividos;
Que os olhos não vêem, mas coração sente,
Permanecem então os momentos sofridos.
Já era para de há muito ter você esquecido,
Mas você ainda continua sempre presente,
E terá sido esse castigo que tenho merecido,
De não sair um só instante de minha mente?
Que essa penitência acabe logo sem demora,
Que seja o meu pensamento por fim libertado,
E você seja apenas vagos lampejos de outrora,
Eu viva, momentos intensos, e seja confortado.