Enlevo

Ama-me, mas, ama-me pra valer

faça como quiseres

mas, ama-me, do teu jeito

até não mais querer

e traga teu canto, para abafar meu pranto.

Então, venha quando puderes

descansar teu dia, em mim

com teu silêncio profundo.

Teu grito, aquece meu leito

desfeito, com sonora acuidade...

E o sol devora a lua, enquanto tatuo versos em teu peito

são rabiscos, coisas de amor, sopradas, em teus ouvidos

Então, deixe-me beber teu veneno

na ápice do teu ventre, até que me embriague

e te ofereça uma taça, molhada de saudade.

Nana Okida

Nana Okida
Enviado por Nana Okida em 30/08/2020
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