Impossível amor

Nem tudo passou, ficou o aroma, o perfume que embriaga,

Que acaricia minh’alma.

O aconchego do teu abraço,

A ternura do teu afago, o teu hálito quente, tudo isso ficou.

É bem verdade que choro a tua ausência.

Procuro buscar a tua presença naquilo que ficou,

Nos pequenos detalhes, das grandes loucuras que vivemos.

No ritual do amor que compomos,

Tu eras a Maestrina, e eu, o teu Violinista.

Os acordes, os sons vindos do delírio insano,

Da inconseqüência dos atos impuros,

Na pureza dos nossos mais ardentes desejos.

Fui teu Rei.

Queria tanto ser teu escravo, pra satisfazer todos os teus caprichos,

Até os mais íntimos, que a tua majestade permitir.

Por muito tempo te esperei,

Por algum tempo sonhei,

São lembranças que não se apagam,

Não, eu não fiquei magoado com tua partida, apenas doeu!