MINHA AMIGA (por onde anda, amiga)

Minha amiga:

(por onde andas, amiga)

Eu hoje senti saudades,

Então comecei a escrever.

Palavras vazias, sem sentido.

Pois, meus pensamentos...

Perderam-se num mundo, mais vazio.

Numa mistura de tristeza e saudades.

Minha imaginação fugiu, nas próprias asas.

Levou de carona, meu sonho minha poesia.

Sem inspiração, sem nada, sem palavras.

Senti a dor de sua ausência, minha amiga!

Para não sofrer mais, fui andar um pouco.

A uma flor do jardim, perguntei por você.

Ela murchou, e nada me respondeu.

Porque, ela também sofria sua ausência.

O Beija-flor beijoqueiro, já não voava mais.

Parado no ar, como se aquelas flores.

Ali, a sua frente não mais existisse.

Triste sentei-me à calçada, para esperar.

Pelos Pardais e Pombos, mas eles não vieram.

Pois sofriam comigo a dor de sua ausência,

Esconderam-se, em um canto qualquer.

Para, que ninguém os vissem, chorar por você!

Eu já não sentia mais dor, ou tristezas.

Apenas sentia, um grande vazio...

Sem amigos, sem poesia, chorei sozinho!