ALCOVA E SAUDADE

Ainda lembro-me de ouvir o seu "dizer"

Em nossa alcova e tomávamos nossas decisões,

Você sempre ouvia as minhas opiniões

Depois dormíamos em meio ao amor e prazer.

Era perfeita, era tão bela nossa união,

Tal qual uma mão se "encaixa" em uma luva,

Dentre as videiras, você a minha apraz uva,

Era a corda mágica e sublime do meu violão.

Quis o destino que houvesse apartação

O que para mim ainda é incompreendido

E aquele adeus que me deixou doido, perdido,

Foi lâmina algoz que cortou meu coração.

Naquela alcova não houve mais decisão

Sem o seu olhar, carinho e o seu norte;

Segui à vida e me refiz e fiz-me forte

Após a queda do meu mundo com a cisão.

Com a sua ida todas as noites eram inverno,

O frio cortava e cantava frio na solidão,

Sem horizonte, sem rumo e sem claridão,

O meu sofrer chegou a ser perto de um "inferno".

O tempo passou e com ele morreu a ilusão

De um dia tê-la de novo em nossa alcova,

Aqueles dias naquela alcova foram à "cova"

Quando nasceu dessa realidade a desilusão.

Novo Horizonte de color áureo veio felicidade,

Um novo sol e nova rosa em meu caminho,

Em nova alcova já não sinto-me mais sozinho,

Mas de você confesso: sinto uma saudade!

FANTÁSTICA INTERAÇÃO DO NOBRE POETA VALDIR LOUREIRO

Um poeta recorda a sua amada

quando ela faz falta no seu leito,

e ele quer que ela seja a mesma fada

que o encantou, do mesmo tanto e jeito.

JSFreire
Enviado por JSFreire em 27/03/2021
Reeditado em 21/10/2021
Código do texto: T7217496
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