ABANDONO
 
Fogo passageiro
Entre trilhas disparadas
Nas coxas da noite.
 
Entre o céu e o sono
Abandono
Das mãos laboriosas.
 
O segredo sussurrante
No abraço ínfimo
Do segundo distendido.
 
Flores e encantos
Em estações confusas
E rios triviais.
 
Reverso do verso que venta
Onde o encontro
Cerra-se num colapso universal.
 
Não venha mentir
As palavras não ressoam
As mãos é que vomitam.
 
Livres sem espaço
Como fogo
Pedras cintilantes em quarto crescente.


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Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 29/03/2021
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