Yoseph
Tanto sofrimento sem sentido,
Vozes cantam o que nunca aconteceu,
Zumbido infernal de gemidos falsos,
Responsório looping, alternar de luz e breu.
Ai ! Hoje não a vi! Previsibilidade maldita
De um dia qualquer, comum e natural.
Era teu vulto ocupando todo lugar,
Era-me culto íntimo, sem sobrenatural.
Nas vagas, bancos, praças e jardins
Nossos sorrisos perdidos, silêncio apenas.
Aquelas flores belas não resistiram
Regadas ad eternum no gotejar das cenas.
Teu rosto maduro inda parece infantil,
Teu sorriso nada muda com os dias,
Reproduzo infantilmente teus trejeitos,
Verto feridas em batutas e melodias.
Que o Cristo na morte me acalme
Das dores que o tempo não consome,
Das ausências suportáveis ora Nele
Que na morte não sussurre eu teu nome.
Peito, testa e fé não se misturaram!
Cada um fez uma escolha diferente,
O espírito prevaleceu na decisão
A carne segue chorando inda descrente