SAUDADE DE UM REGATO

Ao lado de um fechada capoeira,
fazia barulho como um cachoeira
o pequeno regato que  ali passava.
Dos degraus do verdejante quiosque
saia o barulho, no silêncio do bosque
ia ao simples rancho que eu morava.

O barulho que invadia minha morada,
misturava os com pios na madrugada
e eu ficava muitas horas a escutar.
Bem abaixo de onde nascia, sua mina
preparava para correr pela campina
deixando o som e rumando para o mar.

As límpidas água que na mina nascia
produziam nas caídas, suave melodia
que chegavam lindas aos ouvidos meus.
O barulho do regato, tenho na lembrança
veja as águas que continuamente avança
fazendo o barulho, para me dizer adeus.

Daquele tempo, no ínicio da mocidade,
do pequeno regato, hoje só a saudade,
tambem temos na vida, nossos mananciais.
Àguas da mina,que viajam sem parar,
durante todo o dia, e em noites de luar,
passaram por minha vida, não voltaram mais.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 26/08/2021
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