Fóssil

De alma destroçada,

Não me conheço.

Deambulo por estas praias da vida,

Mas apetecem-me os rochedos mais além!

Olho o mar revolto,

O céu pintado de memórias

E apanho a saudade caída a meus pés!

Deambulo descalça!

O caminho que demando

É feito de areia movediça!

Cheira a mar,

Mas é lodo.

São os pensamentos de sal,

Temperando a minha recordação,

Que fazem as gaivotas soprarem maresia das suas penas!

Enquanto me afundo,

Sinto-te,

Olhando as marcas que deixaste nas minhas areias...

O vento sopra,

Sopra,

Tenta apagar as tuas pegadas...

Fossilizadas!...

http://www.escritartes.com/forum/index.php?referredby=3

goretidias
Enviado por goretidias em 18/11/2007
Código do texto: T742040