EU E A POESIA

 

Se soubesse cantar, cantaria,

como um canário, uma cotovia,

mas como não sei, não canto.

Para desabafar meu pranto,

vivo escrevendo poesia.

 

E um jeito de aliviar a dor,

estranho forma, de falar de amor,

que só eu mesmo, consigo entender.

Horas e horas, isso me consome,

procurando rimas para seu nome,

são poesias que ninguem ira ler.

 

Poesias que no ar não avança,

fica na minha mente, a lembrança,

fica só no papel, meu sentimento.

So ela sabe do meu lamento,

nesse meu mundo ,sem esperança.

 

Procuro rimas para a saudade,

que fique longe de felicidade,

mas nada acho no dicionário.

Só encontro palavras de carinho,

que não rima com quem vive sozinho,

nesse meu viver tão solitário.

 

Rimas que não irão para o ar,

não existe a voz para te chamar,

poesia, e muda a sua canção.

Mas sei que e viva a solidão,

por que continuo a te amar.

 

 

A poesia e uma música sem voz,

que deixa o sofrer menos atroz,

mesmo sem ter uma versão.

E como se fosse eu mesmo o cantor,

cantando uma música de amor,

para acalmar, a minha aflição.

 

Me desabafa muito, a poesia,

pois sempre falo, da dor, da agonia,

tentando dessa ilusão fugir.

Com rimas para ninguem ouvir,

escrevo para o vento, que assobia.

 

Nesse mundo, que vivo submerso,

ela e a mais linda do universo,

essa mulher, foi tudo para mim.

A mais bela sereia, que tem no mar,

linda, como um noite de luar,

ela, e um amor que não tem fim. 

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 26/01/2022
Reeditado em 26/01/2022
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