O POETA DA INFANCIA

 

Sumiram os anjos, que numa nuvem eu via,

pois descobri que só existiram numa poesia,

de uma distante infancia, que o tempo já levou.

Hoje vejo, estou sentindo na alma, agora,

e sei, são fantasias de um poeta, quando chora,

são antigas lembranças, que o tempo não matou.

 

Soam suas palavras nos meus ouvidos, ainda,

quando me fitando dizia, que a vida era linda,

e que cultivasse sempre a bondade no coração.

Acho que aquele poeta queria de mim esconder,

os espinhos da vida, que encontraria em meu viver,

e nunca me disse ,o que seria uma recordação.

 

Talvez sofrendo, seus olhos muito choraram,

aquele poeta se foi, e muitos anos se passaram,

e nada me aconteceu, do que disse o trovador.

Ainda lembro dele, em silenciosas madrugadas,

mesmo quando estou em minhas perdidas baladas,

como queria que soubesse, que não encontrei o amor.

 

 

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 08/02/2022
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