A SAUDADE QUE EU POETIZO

 

O amor foi meu escudo por tempos

Quando o sol brilhava no horizonte

Mas resolvi experimentar a noite

Rastejando pelos bares sufocantes.

 

A dose dentro do copo abocanhador

Bote armado para me predar sem dó

E você é uma saudade que eu poetizo

Em guardanapos inocentes e sombrios.

 

As luzes opacas da avenida sórdida

Não conseguem acariciar as feridas

Nem revelam as calçadas cansadas

Petrificada para absorver pressas.

 

Em mesas ao redor máscaras formidáveis

E o motivo pelo qual cada um se definha

O fim da linha fica na última esquina

Olhares aleatórios é uma gota de nada.

 

A caneta rabisca rotas para as lágrimas

E o verso desafia a mente alcoolizada

A lembrança de ti cimenta as estrofes

O garçom não quer o poema de gorjeta

Ele desconhece a sedução do teu sorriso!

Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 20/06/2022
Código do texto: T7542004
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