Minha flor do Sertão

Flor formosa e insinuante,

Que há tempos deixei partir,

Deixas-te um vazio que não tinha antes,

Essa é a verdade, não vou mentir.

O que faço das águas e meu regador,

Que hoje não tem mais serventia?

Nele ao menos nem cabe a dor,

Ou mesmo rega o que eu sentia.

Era sublime adoração,

Que aos poucos sucumbia.

Sem ter por que nem razão,

Tal coisa eu, desconhecia.

Foi-se apagando a emoção,

Mas a saudade enfim surgia,

Massacrando o coração,

Furtando minha alegria.

Branca flor do meu sertão,

Onde estás com tua folia,

Que num misto de emoção,

Eu sempre pra ti sorria?

#GafanhotoNegro