Saudades da vida

Saudades de rapaz que na nesta hora me deu

No cais era só fugir, para no Tejo nadar

Era idade de correr, brincar, era o aí vou eu!

Saltar, com arco e gancheta era logo um rolar

Rolar, qual carro de corrida que conduzia

E guinava num instante, dos amigos de então

Que foi feito deles? Artur Linhares, o Faria

Zé pingão, o tortinho, canetas e o grande tourão

De nada se fazia uma festa que muitos comungavam

Era hora do bota abaixo, vamos cambada que coisa boa

Saltemos para o carro eléctrico, é à borla não custa nada

Vamos depressa nos vai levar de Alfama à Madragoa

Eram as fugas à escola para jogar à bola ou brincar à apanhada

Assim se passavam as horas desta rapaziada generosa e boa

Vinha a fome para se comer ou muitas vezes para ser enganada

Era a juventude, naquele tempo na minha querida Lisboa

Autoria: A. Manuel de Campos

Alberto M de Campos
Enviado por Alberto M de Campos em 04/12/2007
Código do texto: T764140
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.