MEMÓRIAS

 

Um pano branco, ou simples névoa,

Um vento solto sobre a relva,

Nuvem passando e indo embora

Apaga os traços da memória.

 

A gente esquece pra viver,

Porque “Reter é perecer”

Na solidão das águas claras

Flutuam as palavras raras.

 

E elas brincam de esconder

Entre as montanhas, nuvens, flores,

Guardam consigo as sementes

Do que morreu das nossas dores,

 

Para que um dia, replantadas,

Na terra fértil que ladeia

As curvas dessa nossa estrada,

Sejam história a ser contada.

 

 

 

Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 07/11/2022
Código do texto: T7644591
Classificação de conteúdo: seguro