Quando

Quando o vento bate

no rosto

um aroma suave de café

lembro do tempo de criança

que adorava subir num pé de goiaba

ou numa mangueira

e provar seus frutos

bons tempos

memórias cândidas

alegria brejeira

certeza de que não há certeza

quando tudo é belo

a imagem fica eternizada no coração da singeleza.

Quando ao olhar a beira do rio

sinto aquele arrepio

aquela imensa vontade de tomar um banho

como nos velhos tempos

de infância aguerrida

de amor e de harmonia

simplicidade todos os dias

no verão do amanhã

quem sabe

tudo pode acontecer

não é mesmo, querida nostalgia?

Tudo que passamos

na cândida infância

mostra o quão podemos vencer

sendo adultos

e não deixarmos a nossa criança interior perecer

sejamos mais ousados

predestinados

alegres e entusiasmados

pois a criança que existe em nós

renasce todos os dias

lado a lado.

Saudades... Quando sinto o cheiro da chuva... da terra molhada... da minha infância querida... saudades desses mágicos dias...

Poeta Dom Casmurro
Enviado por Poeta Dom Casmurro em 23/11/2022
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