QUERIA TANTO TE VER

 

Me aventurei pela estrada,

Angustiada liberdade de ser,

Andei... andei... e não deu em nada,

Nada fez o instante valer,

Perdi tempo, perdi caminhada,

Não vi o sonho acontecer,

Me perdi da minha amada,

Achei que poderia viver,

Sem a sua presença iluminada,

Deixei o egoísmo me envolver,

E te deixei com a alma fragmentada,

Sem saber o que fazer,

Pois, já estava habituada,

A amar, a compartilhar, a crer,

Na poesia encantada,

De cada amanhecer.

...Liberdade enviesada,

Saudade... Queria tanto te ver!

Mas, a face envergonhada,

Não me permite volver.