(...)

Quase sempre fui eu mesma

Um emaranhado de sonhos

E planos e histórias e idéias

Quase sempre fui espera

Por momentos de ouro

De um ou dois segundos

Quase sempre fui sozinha

As vezes sozinha por fora

Sempre sozinha por dentro

Quase sempre fui de sombras

Sombras de passado

Turvando o presente

Quase sempre fui verdade

Sem saber o que era

E as consequências de ser

Quase sempre fui instável

Como o curso das águas

E as estações

Hoje não mais.

Hoje eu sou só saudade

Do riso que eu nunca vi,

dos lábios que nunca beijei.

Naira Cirino
Enviado por Naira Cirino em 09/12/2007
Reeditado em 25/12/2008
Código do texto: T771542
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