Solidão dos versos

Não dá pra escrever, é muito barulho

Aqui dentro e lá fora, não me orgulho

O coração anda inquieto, inspiração...

Sussurra no peito, pranteia a canção

Em notas desafinadas, voz embargada

No silêncio da madrugada, a solidão...

Da casa, da alma, dos versos úmidos

Fiel súdito, e por amor deixa reunido

A saudade, a poesia, a caneta, o papel

E na busca cega pelas palavras, acerta

Sempre a mesma direção, terra e céu

Ainda olha estrelas, se tristeza aperta.