Saudade exacerbada (I)

"Toma-me inteira, oh saudade

Que conduz este coração brado

Pois a tua presença é a ave

Que alimenta a minha alma em fado.

Que a tua lembrança seja a corrente

Que me leve ao lugar que mora

Onde o passado e o presente

Convergem em um só momento que roda.

Oh saudade, a tua doçura

Encanta-me e me exaspera

Na tristeza que me tortura

Em recordar o que não mais espera.

Meu amor é pura lonjura

E o tempo já não nos sorri

Mas a saudade é a chave que abre

O baú dos momentos que vivi.

Que a tua lembrança, oh saudade

Seja a eterna luz que guia

E, mesmo longe, deixa em liberdade

Os instantes que eu vivi, um dia."

Lorena Borba
Enviado por Lorena Borba em 02/05/2023
Código do texto: T7778404
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