NA BOEMIA

 

Pensamento que até hoje não alinha,

ao relembrar o quanto na época sofria,

quanto aumentava a saudade, a tardinha,

quando na igreja, tocava uma melodia.

Então para a alma vinha,

e como defender não tinha,

da saudade e da melancolia.

 

Que decretava tristeza no início da noitinha,

sempre em dose dupla, nunca em fatia.

Foi em minha vida uma erva daninha,

foi dificil suportar, essa tamanha agonia.

Esquecer era vontade minha,

mas, sem uma mágica varinha,

ficou distante uma alegria.

 

Nunca cansei de sonhar com essa rainha,

a moça mais bela de toda a cercania,

e por pouco, minha vida não descaminha,

pois só conseguia esquece la na boemia.

Hoje longe, da bela andorinha,

o amor, que por ela mantinha,

continua, mas só em poesia.

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 24/05/2023
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