A espera pela vida
Vem tocar-me como se fosse à última vez!
Venha como a tentação de um pecado,
Como a chuva para o solo ressecado
Assim como a primeira vez que o fez.
Venha como com quem trás a vida
A uma estátua nua, vil e pagã...
Como a serpente a mostrar-me a maçã
E o deleite de sua doçura proibida...
Surja-me como uma brisa morna
Para uma embarcação esquecida, e
Traga a terra firme e segura a tona
Enquanto os Deuses dizem: Espera-e!
Mas quando vieres não traga o tempo,
Deixe-o em seu templo estagnado!
Venha apenas com o desejo ao meu corpo,
Pois a muito lhe tenho esperado!