NÓS MORREMOS

 

Uma ilusão, quase incontida,

são os retratos de uma vida,

percorrem os sentidos meus.

Não vão embora com os ventos,

são lembranças dos pensamentos,

dos instantes, que dissemos adeus.

 

Uma infinidade, cada segundo,

cada um seguiu para seu mundo.

-Que seja feliz nos caminhos seus.

 

Entre nós, matamos a palavra voltar,

embora ví, tanta tristeza em seu olhar,

pela última vez, nossos olhares cruzamos.

Tivemos a tarde, numa encruzilhada,

cada um seguiu por uma erma estrada,

acredito, que sozinhos, nós dois choramos.

 

Agora, em diferentes caminhos,

em outros desconhecidos ninhos,

lembraremos, que um dia, amamos.

 

Olharemos para trás, para o passado rever?

O que nunca mais voltará a acontecer,

nunca cumprimos o que tanto prometemos.

Cada um foi para o outro a vida, fomos amor,

fui em sua vida um pássaro,seu beija-flor,

choram os corações, uma dor que não vemos.

 

A angústia que invade a alma,

não existe o remédio que acalma,

sem saber, nós dois morremos.

 

O amor que não foi morto, naquele momento,

deixou me de felicidades e alegrias, isento,

chorou meu coração, que te amava tanto.

Após ver minha ilusão toda perdida,

não a mais motivos, para viver a vida,

tenho a alma e o coração, unidos num pranto.

 

Nunca mais juntos, olharemos a lua,

não andaremos mais,abraçados pela rua,

só de tristezas cobre me, esse negro manto.

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 29/07/2023
Reeditado em 29/07/2023
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