RIMAS MORTAS

 

Na tarde chuvosa,na varanda de casa, escrevia,

aquilo que esperava, ser uma bela poesia,

uma maneira para passar, momentos tão frios.

Olhando as rajadas  da chuva, incessante,

como demorava, para passar cada instante,

e os versos do poema, ficavam tão vazios.

 

Sumiu a esquina,

chegava a neblina,

mente em desvios.

 

O tema em minha mente, continuava oculto,

não aparecendo, nem com a visão de um vulto,

que pude ver bem de perto, era de uma cigana.

Mas o poema não saia, nenhuma frase avança,

aquela chuva, não mexia com a lembrança,

nem o silêncio, que dominava minha cabana.

 

O barulho do sino,

parece um violino,

invadindo a choupana.

 

Apareceu o vento, batendo as janelas e as portas,

talvez protestando, com minhas rimas mortas,

ou tentando trazer, com o assobio,a inspiração.

Chegou  noite, tudo tão escuro com a fumaça,

e a poesia não sai, minha tentativa fracassa,

as rimas e as palavras, sumiram na escuridão.

 

Sei, a noite leva,

deixa em treva,

o meu coração.

 

 

 

 

 

 

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 01/11/2023
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